Depois de uma aventura psicodélica no Jardim Botânico, aonde tive a oportunidade de estrear galochas e capa de chuva, resolvi juntar todas as minhas observações pessoais e experiências adquiridas durante as minhas recentes visitas semanais aos tão adorados fragmentos de Mata Atlântica remanescentes aqui na Paraíba, mais especificamente em João Pessoa.Estudo biologia na Universidade Federal há dois anos e atualmente tive uma oportunidade maravilhosa de participar de um estágio cujo trabalho braçal é satisfatório e muito divertido.
Então, o enfoque principal do projeto que irei participar brevemente, pois no momento preciso esperar a efetuação da minha licença para entrar em áreas de preservação, é a análise da disponibilidade de frutos e seus dispersores. Inicialmente, estou aprendendo a utilizar os coletores e a separar a serrapilheira dos frutos, flores e sementes angariados em cada um dos 40, dispersados dentro de dois fragmentos.
Essa semana tive a oportunidade de fazer minha primeira entrada em mata e, honestamente, foi super fascinante. Apesar dos pesares que trazemos de cada uma de nossas visitas, leia-se carrapatos, picadas de muriçocas e outros insetos e experiências assustadoras que arrepiam a mais terrível aracnofobia, as maravilhas observadas em cada passada dada supera qualquer expectativa e medo formado anteriormente. Aprender a olhar para baixo, para cima e para sua linha de observação, pois uma das maiores características da Mata Atlântica é a estratificação da flora natural, se torna natural e sua visão e audição detalhista se torna super apurada.
Possuo expectativas altas para as minhas próximas coletas e espero compartilhar aqui cada besteirinha e surpresa que obtive de cada uma dessas idas :)
Dia marcado pela presença de Mary, Fyre e Bruna.
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